Ricardo de Almeida Jorge (1858-1939), foi um médico, investigador, higienista, professor de Medicina e escritor. Ingressou na Escola Médico-Cirúrgica do Porto (1874). Em 1880, iniciou a sua atividade como professor na Escola Médico-Cirúrgica do Porto. Em 1884, abandonou a Neurologia e dedicou-se à “Higiene Social Aplicada à Nação Portuguesa”. Entre 1891-1899, foi nomeado médico municipal do Porto, ficando também responsável pelo Laboratório Municipal de Bacteriologia. Tornou-se, em 1895, professor titular da cadeira de Higiene e Medicina Legal da Escola de Medicina do Porto. Em junho de 1899, chegou à prova “clínica e epidemiológica” da peste bubónica que assolou a cidade do Porto. Em outubro de 1899, foi transferido para Lisboa, sendo nomeado Inspetor-geral de Saúde e a seguir professor de Higiene da Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa. Em 1903, foi incumbido de organizar e dirigir o Instituto Central de Higiene, que passaria a ter o seu nome a partir de 1929. Participou em iniciativas como a organização da Assistência Nacional Contra a Tuberculose e o Congresso Internacional de Medicina de 1906. Colaborou, também, na reforma do ensino médico de 1911. Nos anos de 1914 e 1915 presidiu à Sociedade das Ciências Médicas. Foi escolhido para representar Portugal no Comité de Higiene da Sociedade das Nações e, em 1929, foi nomeado Presidente do Conselho Técnico Superior de Higiene. Os interesses de Ricardo Jorge não se limitaram, no entanto, ao campo da medicina e as suas preocupações revelam um espírito versátil e curioso de verdadeiro humanista. A sua vasta obra inclui, por exemplo, publicações versando arte, literatura, história e política.